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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Feliz

Noite escura. Senti solidão. No céu, nem lua, nem estrelas.
Meus sentidos vagavam entre o cheiro e o gosto acres da folhinha alongada e tenra do pinheiro, que eu distraidamente mascava e a busca pertinaz de uma estrela (pelo menos uma) entre as grossas nuvens.
A música alegre era o único elo entre a noite e a vida, lá dentro, no iluminado salão.
-Vamos, minha estrela! Apareça! Apareça!
Mais uma folhinha, uma voz me chamando, o ritmo eletrizante da música no corpo, o calor e o cansaço que ficaram no corpo e me forçaram a voltar à escuridão da noite.
Senti o vazio. Queria chorar. Queria minha estrela! E já nem olhava para ela.
Um pequeno brilho, porém, um olhar para cima, um novo pulsar nas veias revivendo e animando meu corpo...
- Minha estrela! Você está aí!
E ela piscando me devolveu alegria e paz dos meus trinta anos de luta sem tempo para pensar e ser feliz.
E certamente, agora, eu seria mais feliz.


Isa Simas 

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